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Terceiro Tempo

"Football, bloody hell!" – Sir Alex Ferguson (1999, após a conquista da Champions League)

Terceiro Tempo

"Football, bloody hell!" – Sir Alex Ferguson (1999, após a conquista da Champions League)

Sex | 26.06.20

A primeira partida de futebol "oficial" em Portugal

O futebol em português existe desde finais do século XIX com a criação de diversos clubes que nos dias de hoje estão extintos ou fundiram-se a outros clubes tornando-se num só clube. O primeiro jogo em Portugal ocorreu em 1984 e foi também o primeiro da rivalidade bem atual "Porto vs Lisboa", que opôs o Foot-ball Club do Porto diante do Foot-ball Club Lisbonense pela Taça D. Carlos I (também conhecida como Cup d'el Rey).

Existem muitas informações divergentes na data de fundação do Porto atual. Uns dizem que é uma extensão do Foot-Ball Club do Porto (que foi fundado em 1983) e alguns historiadores corroboram essa notícia mostrando alguns factos e afirmando que Futebol Clube do Porto e Foot-ball Club do Porto são clubes completamente distintos, é um tema interessante para uma próxima rúbrica. Sendo assim, o Porto atual afirma que o clube foi fundado em 1983, a 28 de setembro, dia em que D. Carlos I fazia anos. 

O O Foot-Ball Club Lisbonense, denominado também por Club Lisbonense, foi um clube de futebol português da cidade de Lisboa. O clube foi fundado em 1892 e foi extinto em 1902, sendo o antecessor do Club Internacional de Foot-Ball. 

A 25 de outubro de 1983, o fundador do Porto, um jovem chamado Nicolau d'Almeida convida o Club Lisbonense para uma partida que supostamente decorreria no dia 2 de novembro. O presidente da altura do Club Lisbonense, Guilherme Pinto Basto, aceitou de bom grado realizar um jogo entre ambas as equipas mas apenas a 2 de março de 1984 e para além disso, Pinto Basto conseguiu convencer D. Carlos a patrocinar o jogo, oferecendo também uma taça por parte do rei. 

O jogo foi no Porto, no campo Porto Alegre, também chamado Campo dos Ingleses, casa do Oporto Cricket and Lawn-Tennis Club. Que terminou com a vitória do Foot-Ball Club Lisbonense por uma bola a zero no tempo regulamentar. Porém, dizem que o jogo teve de ir a prolongamento mesmo com a vitória do Club Lisbonense, isto aconteceu porque porque o rei D. Carlos I e a rainha D. Amélia, provenientes de Lisboa, chegaram muito atrasados e o jogo teve de se alongar. 

Com referido, com a extinção do Club Lisbonense em 1902, o troféu está na posse do CIF - Club Internacional de Foot-Ball, constituído em 1902 e herdeiro do Lisbonense.

Sab | 20.06.20

Carlos Fierro, a maior estrela dos últimos vídeojogos

Para o adepto comum, o nome de Carlos Fierro poderá ser desconhecido e não fazer sentido dedicarmos uma publicação para ele. Para um adepto dos vídeojogos, mais concretamente do Football Manager, toda a gente conhece Carlos Fierro. Provavelmente a maior promessa do jogo de computador dos últimos 10 anos.

Carlos Fierro nasce a 24 de julho de 1994 no México. E desde cedo, como não é surpresa do México, sempre teve o desejo de se tornar futebolista. Começou a dar os primeiros toques na bola mais o seu irmão, Gustavo, num clube subsidiário do Chivas Guadajara, um dos principais clubes do México. O seu irmão, em 2007, tendo apenas mais um ano que Carlos Fierro, tentou a sua sorte no Chivas e, um ano mais tarde, Fierro acompanhou-o nesta missão de ambos se tornarem futebolistas profissionais. Fierro tinha apenas 14 anos na altura.

Fierro e o irmão estavam próximos do objetivo: enquanto Fierro jogava pelas camadas jovens, o seu irmão era convocado para a equipa B do Chivas estando próximo de chegar ao plantel principal. Infelizmente, Gustavo foi diagnosticado com cancro e abandonou o clube e retornou a casa para começar os tratamentos e estar próximo da sua família e, sendo assim, Fierro também teria de voltar a casa desistindo do seu sonho de se tornar futebolista. Porém, a família de Gustavo Casillas, companheiro de Fierro nas camadas jovens do clube, falou com a família de Fierro e com o clube, e "adotaram" Fierro pelo tempo que ele precisa-se até chegar à equipa principal. Uma atitude louvável.

Fierro era presença assídua nos vários escalões da seleção mexicana e por isso, sem surpresa, foi convocado para o Mundial sub-17 em 2011 sediado no México e foi aqui que Fierro explodiu e tornou-se no centro das maiores promessas do futebol daquele país. A seleção comandada por Raul Gutiérrez surpreendeu tudo e todos e conquistou o Mundial, com Fierro a ser um dos principais destaques da equipa com quatro golos marcados, titular em todos os jogos (inclusive a final) sendo o terceiro melhor jogador do torneio. Os seus companheiros Júlio Gomez e Jonathan Espericueta, recebeeram a bola de ouro e prata respetivamente. O que têm em comum estes três jogadores? Foram destaques nas seleções jovens mas nunca jogaram pela seleção principal do México (até ao momento que esta rúbrica está a ser escrita).

Com a moral em alta com a conquista do Mundial de sub-17, Fierro é chamado à equipa principal do Chivas e dias depois estreia-se com a camisola do Chivas num jogo diante do Monterrey com apenas 17 anos. Ao longo de todo o Apertura de 2011, Fierro jogou como suplente utilizado em 8 ocasiões sem conseguir marcar um golo. Continuaria a ser aposta para o Clausura e para a Libertadores, estreando-se a marcar como sénior precisamente num jogo da Libertadores diante do Deportivo Quito. Os adeptos gostavam de Fierro e começou a chamar atenção dos principais clubes europeus para a sua contratação.

Na temporada seguinte, alguns problemas musculares impediram Fierro de ter uma participação mais ativa na equipa cumprindo apenas 19 jogos, muito deles apenas na condição de suplente utilizado. Ainda assim termina a época com dois golos marcados e preparado para explodir nas próximas temporadas.

Sendo considerado pela imprensa como The Next Chicharito (o próximo Chicharito, que jogou no Manchester United) foi atraindo a atenção dos principais clubes europeus, principalmente os rivais de Espanha: Barcelona e Real Madrid. Nunca avançaram para a sua contratação.

Em 2013/14 é quando Carlos Fierro se afirma no futebol mexicano. Sendo titular e peça basilar na equipa, Fierro ajudou o Chivas numa fase muito complicada que o clube atravessava naquele ano com a possibilidade de descerem de divisão a ser quase uma realidade. Com apenas 2 vitórias no Apertura e no Clausura apenas 5, a época foi um inferno para os jogadores e adeptos. E essa má fase foi-se prolongando na temporada seguinte com mais uma combinação de maus resultados e futebol pouco regular ao longo de toda a época. Do ponto de vista individual apenas, foi a melhor época de sempre de Fierro porque foi a época em que mais jogos e minutos participou e fez balancear as redes adversárias por quatro vezes.

Com apenas 20 anos, Fierro tinha mais de 120 jogos realizados na Liga Mexicana e nunca se percebeu muito bem porque não deu o salto para a Europa nesta fase da sua carreira. Apesar de ser um jogador com muito pouco golo, dos 120 jogos realizados apenas tem 10 golos marcados, tinha dado provas que merecia o salto para um outro patamar de competitiva de pudesse continuar a sua evolução natural.

Começaria a época de 14/15 ao serviço do Chivas fazendo metade da temporada (apenas o Apertura) e seguiria viagem para o Querétaro, também do México, por empréstimo de uma temporada com o Querérato a dispôr de opção de compra no final do empréstimo. Ao fim de um ano e sem convencer os responsáveis do clube e com uma época bem aquém do esperado (muitas vezes sendo suplente) foi natural o regresso de Fierro ao Chivas. Por lá ficou mais um ano e meio e foram épocas de conquistadas: campeão nacional com a camisola do seu clube de coração, o Chivas e igualmente a conquista da Taça. Mesmo não tendo o mesmo protagonismo de temporadas anteriores, Fierro termina esse ano e meio com 7 golos marcados e mais de 50 jogos realizados.

Terminando o Apertura da temporada 17/18, o Cruz Azul, equipa do México, assume interesse em contar com o serviço do jogador e para isso apresentou uma proposta junto do presidente do Chivas de 2,5 milhões de euros que foi prontamente aceite e Fierro juntava-se ao seu terceiro clube na carreira, depois de Chivas e o empréstimo falhado ao Querétaro.

O Cruz Azul, clube sediado na Cidade do México é um histórico clube que viveu os seus tempos áureos na década de 70. Atualmente, está há 23 anos sem conquistar um campeonato nacional. O investimento que fizeram na jovem promessa Carlos Fierro era para pôr um termo nesse jejum. O problema é que Fierro falhou redondamente e só teve seis meses no clube. Sem convencer nos 17 jogos que participou e com apenas 1 golo marcado, Fierro é emprestado ao Morella da primeira divisão Mexicana para voltar a ter a regularidade exibicional de tempos passados. O empréstimo era sem opção de compra pelo que o Morella jogou com isso e Fierro não teve assim tanto destaque numa equipa de pouca expressão do futebol mexicano. Com algumas intermitências no seu jogo, tanto era titular como suplente utilizado, voltou a não convencer e o sonho dos amantes do Football Manager que Fierro pudesse ainda explodir para o futebol começou a desaparecer. Com 24 anos e com mais de 200 jogos no México e sem nunca ser chamado à primeira equipa da seleção daquele país, Fierro teria de mudar de ares, experimentar um novo país, um novo campeonato de forma a tentar recuperar alegria do futebol.

Em julho de 2019, a oportunidade de mudar de ares chegou por intermédio de Matias Almeyda, técnico que orientou Fierro durante duas épocas no tempo do Chivas em que juntos conquistaram alguns títulos importantes para os adeptos do clube. O destino seria um país próximo do México, o clube? San Jose Earthquakes, da primeira divisão dos Estados Unidos da América. Chegando a meio da época, era esperado que Fierro não tivesse a influência que era desejada. Novo país, nova cultura e um clube que não tem muito histórico na América. Ainda assim, Fierro participou em 7 jogos (apenas 2 como titular) e não foi capaz de ajudar o San Jose Earthquakes a chegar aos playoffs da liga. 

Com a realização da pré-temporada com o clube e com maior integração entre os companheiros de equipa, adivinha-se uma época de afirmação para Carlos Fierro. Porém, com toda a situação da pandemia gerada pelo Covid-19, a MLS só arrancou por duas jornadas e Fierro apenas jogou numa delas como suplente utilizado. Com toda a situação que ainda ocorre nos Estados Unidos, não deverá voltar tão cedo o futebol por aquelas bandas. Pelo que deveremos esperar mais alguns meses para voltar a ver Fierro em ação.

Com Fierro a cumprir 26 anos daqui a um mês, certamente nesta altura será complicado chegar a um grande clube europeu como foi cogitado nas suas primeiras épocas ao serviço do Chivas do México. Ainda assim, se tiver uma boa prestação pelo campeonato norte americano, é possível que existiam clubes interessados no jogador que o possam atingir um outro nível exibicional que prometeu que iria atingir mas nunca conseguiu chegar a tal.

Dom | 14.06.20

Federico Macheda, do sucesso de "Novo Ronaldo" até ao anonimato

Existem momentos que deveriam durar para sempre. Que o diga Federico Macheda no dia 5 de abril de 2009. Com o jogo empatado a dois (com Cristiano Ronaldo a bisar na partida), Alex Ferguson lança na partida um desconhecido italiano de 17 anos substituindo Nani. Aos 90 minutos de jogo, Macheda, numa bela receção, engana o defesa e decide o jogo. Uma estreia fenomenal para o avançado que depois deste golo foram muitas as expectativas criadas em torno de si e que infelizmente nunca conseguiu chegar ao patamar exibicional que todos os amantes do futebol ansiavam.

Federico Macheda ou simplesmente Kiko nasceu em 22 de agosto de 1981 tendo atualmente 28 anos. Desde muito cedo mostrou apetência para o futebol tendo integrado as camadas jovens da Lazio. Sendo muitas vezes protagonista nos jogos do clube romano, chamaram atenção dos dirigentes da Lazio que estaria ali uma pérola. Devido ainda não ter 16 anos, não poderia assinar um contrato profissional pelo clube e o Manchester United aproveitou essa questão para levar o jogador para Inglaterra, juntamente com toda a sua família.

Logo na sua primeira temporada como red devil, Macheda tornou-se o melhor marcador da equipa com 12 golos marcados em 21 jogos, o que valeram uma subida para a equipa das reservas estando assim, debaixo do olhar atento de Sir Alex Ferguson.

Macheda assina o seu primeiro contrato profissional no momento em que é chamado à equipa de reservas. Em 2008/2009 face às boas prestações com 8 golos marcados em 8 jogos, Sir Alex Ferguson viu uma oportunidade de começar a chamar o jogador para treinar com a equipa principal de forma a moldar e a preparar o jogador para a eventualidade de ele ser chamado a um jogo da equipa A. E esse dia chegou. Contra o Aston Villa em pleno Old Trafford. Entrando nos últimos minutos da partida para o lugar do português Nani e num golo de belo efeito 'entregou' a vitória ao Manchester United num jogo que já se esperava que terminasse empatado. Não havia uma estreia melhor que aquela. Poderia ter sido apenas um golpe de sorte, mas no jogo seguinte, entra para o lugar de Dimitar Berbatov, e volta a marcar o golo da vitória. 2 jogos, 2 golos com tão poucos minutos de jogo jogados, ajudando a equipa a conquistar seis pontos, sendo peça fundamental para a equipa conquistar o tão desejado tricampeonato.

Com o arranque da nova temporada e Macheda com 18 anos, seria esperado que tivesse uma continuidade em relação ao ano passado, até porque foi importante para a conquista do título. Porém, não foi isso que aconteceu. Embora um pouco fustigado por algumas lesões que impossibilitaram que ter uma certa continuidade a nível do jogo, Macheda apenas participou em 10 jogos durante toda a época com apenas um golo marcado na Premier League. Um ano irregular para o jogador italiano mas estava determinado em conseguir melhores exibições no ano seguinte.

A equipa do Manchester United era realmente muito forte na época, principalmente no setor ofensivo do terreno com Rooney, Tevez, Berbatov, Ronaldo e muitos outros jogadores que foram passando e tapando o lugar à jovem promessa. Na temporada de 2010/2011 com a chegada de Chicharito e Michael Owen, Macheda necessitava de treinar duro para ter hipóteses. Com 12 jogos realizados até janeiro com a maioria desses jogos a serem na condição de suplente entrando nos finais das partidas, Macheda pede para ser emprestado de forma a ter uma maior regularidade no seu jogo. O Manchester United não queria vender Macheda porque sabia do seu potencial e aceitou de bom grado um empréstimo. O clube que garantiu o jogador por seis meses foi a Sampdoria que devido a saída de Cassano para o Milan, necessitava de um jogador para colmatar a posição de avançado. Infelizmente, Macheda não deixou saudades em Itália. Com apenas 14 jogos e nenhum golo marcado, o atacante não correspondeu às expectativas e não conseguiu evitar descida do clube para a segunda divisão italiana.

Federico Macheda - Federico Macheda Photos - UC Sampdoria v AS ...

Não conseguindo convencer em Itália, Macheda regressa a Inglaterra disposto a voltar a brilhar. Sem espaço durante 6 meses no Manchester United com apenas 6 jogos realizados, volta a ser emprestado desta feita mantendo-se em Inglaterra. O destino que se seguia era o Queen Park Rangers. Tinha apenas 20 anos mas a sua chegada a Londres para representar o QPR não foi boa para si. Em ano e meio conhecer 3 clubes diferentes sendo tão novo prejudicou a sua evolução e continuidade no Manchester United. No QPR voltou a não ser feliz, jogando apenas mais seis partidas todas na condição de suplente. Macheda tardava em afirmar o potencial que demonstrou nos primeiros dois jogos que teve ao serviço dos comandados por Alex Ferguson.

Voltava a Manchester sem convencer. É relegado para a equipa de sub-21 e aparece apenas em três jogos da equipa principal em 6 meses (um total de 45 minutos jogados). Nos sub-21 ia conseguindo manter um bom nível exibicional com 6 golos em 8 jogos. Sem espaço no clube e a sentir necessidade novamente em mudar de ares, Macheda escolhe a Bundesliga para continuar o seu desenvolvimento enquanto jogador e pessoa. O Estugarda pagou 300 mil euros pelo empréstimo de seis meses do jogador italiano. Que... não singrou, uma vez mais. Com 14 jogos realizados para o campeonato todos na condição de suplente, Macheda apenas disputou pouco mais de 180 minutos (2 jogos completos) e, sem convencer e a demora em afirmar o seu potencial, faziam crer que não teria mais oportunidades em Manchester

Chegada a temporada 2013/2014, Macheda com 22 anos, sentiu-se necessidade de dar um passo atrás para dar dois em frente. A um ano de terminar o contrato com os red devils é logo emprestado a um clube da segunda divisão inglesa. O seu destino? Doncaster Rovers. Nos primeiros 5 jogos, 3 golos marcados. Eram um excelente pronúncio para Macheda mas que viu o seu empréstimo cancelado depois de uma lesão. Um mês e meio mais tarde e completamente recuperado, o Doncaster Rovers convence o jogador a voltar ao clube para jogar pelo clube até ao final de dezembro desse ano. O jogador aceita e termina meia época ao serviço do Doncaster Rovers com 15 jogos e 3 golos marcados. Chega janeiro e Macheda tinha muitos interessados em si no segundo escalão inglês e ingressa no Birmingham City até ao final da temporada. Fazendo uma meia época final interessante com 10 golos em 18 jogos terminando a época com 13 golos e 33 jogos sendo esta a melhor temporada da sua carreira até então. Terminada a época e sem convencer o seu clube mãe que não viu necessidade em renovar contrato com Federico Macheda. Macheda organiza as malas e transfere-se a custo zero para o Cardiff que iria disputar o Championship.

A chegada a Cardiff, no País de Gales, gerou muita expectativa. Ainda existiam alguns adeptos do Manchester United que viam potencial em Kiko e que o clube deveria renovar o contrato por mais uma época. Assim não aconteceu. A época foi atribulada, com algumas lesões pelo meio que foram prejudicando uma sequência maior de jogos, Macheda termina a temporada com 25 jogos e 8 golos marcados. Deixou de jogar em março e exibicionalmente ficou aquém do que tinha protagonizado na última temporada ao serviço do Doncaster e Birmingham mas ainda assim foi uma época positiva para o jogador tendo em conta a falta de oportunidades que ia tendo nos mais diversos clubes que ia passando.

What happened to Nottingham Forest flop Federico Macheda ...

Se na temporada passada viu-se afastado da equipa a meio do mês de março, na nova época só iria ter o seu primeiro jogo praticamente em dezembro. O clube não contava com o jogador e foi tendo mais algumas aparições embora que esporádicas na equipa principal. Sem confiança por parte do treinador na altura é emprestado em Março ao Nottingham Forest num empréstimo válido por três jogos. Foram os primeiros três jogos a titular em 12 meses mas sem deixar qualquer saudade aos adeptos porque não marcou qualquer golo. Chegado o final da época e com mais um ano de contrato, o presidente do Cardiff e o próprio jogador chegaram à acordo que o melhor seria terminar ali a ligação de Macheda ao clube porque não estava nos eleitos do treinador para a próxima época. Kiko aceita de bom grado, para por um bocado do futebol, depois de um teste falhado no Watford, da primeira liga inglesa, e só volta a jogar em dezembro desse ano quando chega a acordo com o Novara, da sua Itália, que disputava a segunda divisão italiana.

No Novara, da segunda divisão, num jogo muito mais fechado que aquele que encontrava em Inglaterra. Mais táctico e não tão técnico, Macheda sentiu algumas dificuldades para segurar um lugar na equipa face também dos poucos jogos que foi tendo nos últimos dois anos fazendo com que a sua forma física não fosse a melhor naquele momento. 16 jogos como titular, 5 como suplente, 7 golos marcados e quase 1400 minutos de jogo, faziam com que não fosse, de todo, uma má temporada a nível individual. A temporada seguinte voltaram as dificuldades para se manter como aposta regular com apenas 13 jogos como titular, 17 como suplente e 3 golos, Macheda estaria de partida não conseguindo afirmar-se num clube da segunda divisão italiana. E há males que vêm por bem.

Contrato com o Novara chegou ao fim, Macheda muda de ares e ruma à Grécia para o histórico Panathinaikos, clube que vinha tendo alguns problemas financeiros. No clube grego, Macheda volta a ser feliz. Na sua primeira época, em 2018/2019, Macheda realiza 25 jogos para o campeonato fazendo o gosto ao pé por 10 vezes. A melhor versão de Kiko parecia estar a voltar...

Já nesta temporada 19/20, Macheda continuava a ser uma peça fundamental no onze inicial de Giorgos Donis. Antes da pandemia ter 'atacado' em força e obrigado a parar todo o futebol europeu, Macheda era o segundo marcador da Liga Grega com 12 golos marcados em 23 jogos. E certamente promete não ficar por aqui, Federico Macheda adaptou-se muito bem ao futebol grego e ao esquema táctico do seu treinador pelo que se continuar a este nível exibicional - com muitos golos marcados - certamente chegarão clubes de patamares superiores a querer os serviços do jogador.

Federico Macheda é a prova viva que não basta ter talento para se afirmar nos principais clubes europeus. Com os seus dois jogos séniores com dois golos marcados e sendo decisivo nesses jogos não bastaram para que a carreira de Macheda fosse triunfante. Ainda vai a tempo de voltar a brilhar nos principais palcos, é preciso manter a vontade, crer, desejo por vitória e fome de golos como o tem feito pela sua passagem pela Grécia. A seleção italiana certamente está no seu horizonte. Se vai lá chegar? Só o tempo o dirá...

Ter | 02.06.20

Como ocupar bancadas sem adeptos no regresso do futebol?

Desde que o futebol regressou e com o facto de todo o estádio estar "despido", sem alma, chama e claques que puxam pela equipa. Alguns dirigentes têm puxado pela imaginação de forma a preencher as bancadas e... tem sido um sucesso, pelo menos nas redes sociais. 

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O primeiro exemplo chega-nos da Alemanha. O Borussia Mönchengladbach diante do Leverkusen tinha as bancadas "preenchidas" de sócios. Foi uma iniciativa por parte dos adeptos daquele clube que imprimiram várias foto suas e da restante família para apoiar os jogadores. O mais impressionante é que os dirigentes do Gladabach permitiram que as bancadas afetas ao adversário também tivessem preenchidas de impressões de adeptos do Leverkusen! O futebol da Alemanha, a forma como se respira e vive o desporto rei deveria ser seguido pelo resto do continente europeu. Um hino ao futebol e à rivalidade saudável.

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Da Coreia do Sul é de onde vem o próximo exemplo que... teve um pedido de desculpas no final do jogo. Sem adeptos no estádio, devido às medidos restritivas para conter a pandemia da COVID-19, o clube de Seoul resolveu preencher as bancadas com manequins, que afinal se tratavam de bonecas para adultos. No final do jogo e com toda a confusão gerada à volta das bonecas sexuais, o clube veio mesmo pedir desculpa a todos os que se sentiram ofendidos e garantiu que iriam investigar de forma a perceber como aconteceu este lapso.

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Nos países nórdicos, mais concretamente na Dinamarca, milhares de adeptos presenciaram, na semana passada, o regresso da Liga dinamarquesa ao apoiarem o Aarhus e o Rander via software zoom que permite criar vídeos conferências.  Os fãs e os seus inúmeros rostos foram transportados para a ação no Ceres Park, no encontro que marcou o retorno da competição, depois da interrupção devido à pandemia da covid-19.

Em Portugal também existe criatividade. O Benfica, através das redes sociais do clube, fez um apelo para os adeptos do clube enviaram cachecóis de forma a preencher as bancadas para criar uma atmosfera similar aquando começa o hino do clube, numa iniciativa a que o clube deu o nome "não baixamos os braços". O Benfica diz ainda que esta iniciativa será perpetuada no final do campeonato, com uma instalação permanente em que serão utilizados os cachecóis recebidos.